sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Mensagem do candidato a Secretário-geral


As minhas razões
Se algum interesse tiver para alguém, ficam aqui ditas as razões que me levam a repetir a candidatura ao cargo de secretário-geral da ASJP.
Há três anos atrás estava longe de vir a ocupar um lugar directivo na Associação. No conforto da sombra, apoiava, obviamente, a construção de uma solução alternativa que pudesse elevar o patamar de qualidade da nossa representação colectiva, embora, francamente, no contexto da altura, não acreditasse muito que fosse possível.
Conhecia vagamente o António Martins, mas sabia da sua grande capacidade de trabalho e rara intuição política, e, acima de tudo, das suas marcantes características pessoais de verticalidade, coragem e frontalidade. Quando me foi desassossegar com o convite para integrar a lista, levava com ele a confiança e a determinação que se contagia nos outros e os faz acreditar. E foi possível, para surpresa de muitos.
Este mandato não foi fácil. Num ambiente político muito adverso, foi preciso enfrentar, e travar, medidas que apenas pretendiam diminuir o poder judicial, como aquelas tentativas atrevidas de funcionalizar os juízes ou de acabar com o estatuto da jubilação. Estou certo de que, no balanço final, o primeiro objectivo se cumpriu: os juízes e a sua representação associativa ganharam rumo, estratégia e atitude.
Responsabilidade e normalidade no relacionamento institucional. Influência política e negocial. Presença e visibilidade positiva na comunicação social. Confiança dos juízes e dos cidadãos. São esses os resultados que se começam a ver do imenso trabalho e investimento destes três anos. Mas mais do que foi feito é o que há para fazer.
Solidez e confiança. É isso que nos inspira a figura do Presidente da ASJP e o seu projecto renovado para a Associação dos juízes. Por isso, aqui estou de novo, para o ajudar no que souber e for capaz.
Sempre defendi o pluralismo e a alternância. Acredito na seriedade de todos os juízes que se expõem numa candidatura a cargos associativos, independentemente da lista que integram, e considero que merecem o respeito dos seus pares. O que de melhor sobra de uma disputa eleitoral é sempre a memória do debate franco e leal das ideias e dos projectos.
Da nossa parte ninguém ouvirá uma palavra que seja, de menor correcção ou respeito pelos Colegas que integram ou apoiam a lista do Carlos Marinho, a quem, daqui, saúdo com amizade e consideração.

Almada, 15 de Janeiro de 2009,

Manuel Henrique Ramos Soares
(Juiz no círculo judicial de Almada e candidato a secretário-geral da ASJP)